Nesta quarta-feira também teve o encerramento da terceira reunião do grupo de trabalho de desenvolvimento do G20, que foi realizado aqui em Salvador.
Neste estande, um pouco da criatividade dos nossos irmãos africanos. A ideia é expandir este espaço para lojas em Salvador.
A Afrocolab é uma loja de empreendedores negros, negras e indígenas, que hoje nós contamos com a loja no Shopping Barra, com 46 empreendedores. Aqui nesse espaço, nós temos representados 16 empreendedores de marcas diversas.
A moda e o artesanato são alguns dos caminhos para a inclusão social, além de instrumentos para combater o racismo e a discriminação pelo mundo. Inclusive, a redução das desigualdades é um dos três temas principais de discussões do grupo de trabalho e desenvolvimento do G20, que reúne as maiores economias do mundo em Salvador.
Todos participam e se sentem donos do processo. É algo que está sendo construído coletivamente. A gente acha que tem mais chances de conseguir fazer algo que seja sustentável, duradouro e mais eficiente.
O saneamento básico é outra questão tema do G20. Se achamos que o Brasil tem muito a avançar nessa área, a Índia, por exemplo, vai precisar correr um pouco mais. Para se ter uma ideia do quanto a questão é crítica, no país mais populoso do mundo há mais telefones celulares do que banheiros. O terceiro ponto de discussão dos delegados participantes da reunião do G20 em Salvador abraça uma ideia defendida pelo presidente Lula durante a Assembleia Geral da ONU no ano passado: a necessidade de uma nova governança global. Um assunto importante no momento em que o mundo olha com apreensão para os diversos conflitos espalhados pelo planeta, entre eles, a invasão russa na Ucrânia. Miguel é representante da Espanha na reunião do G20 em Salvador. Para ele, as discussões na capital baiana estão sendo importantes para a próxima etapa, que será o encontro dos ministros de desenvolvimento de cada país integrante do grupo, no mês de julho, no Rio de Janeiro.
A gente está aqui negociando dois textos. Tem muito avanço nesses textos para materializar essas prioridades brasileiras, com as quais a Espanha está muito alinhada. -
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Entrevistando a delegação da Espanha no G20, estamos aqui com o doutor Miguel. Doutor Miguel, quais são as principais iniciativas do G20 para abordar a questão dos moradores de rua? E como essas políticas estão sendo implantadas no país membro?
Muito obrigado pela entrevista. Primeiro, eu gostaria muito de dizer que eu estou muito feliz de estar aqui em Salvador de Bahia, nesta cidade maravilhosa que recebeu as delegações do G20, do grupo para o desenvolvimento, grupo de trabalho, porque a Espanha é um país convidado do G20. A gente está muito feliz com uma hospitalidade brasileira. Depois, eu gostaria de dizer que eu quero expressar minha solidariedade com a região brasileira do Rio Grande do Sul por causa das terríveis engentes acontecidas no final do mês passado, de abril.
Eu quero dizer que a Espanha, através da Agência de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, contribuiu com meio milhão de euros ao apelo lançado pela Cruz Vermelha. Em resposta à situação humanitária neste estado brasileiro.
Agora, para responder à sua pergunta, as iniciativas estão relacionadas com as prioridades da presidência brasileira no G20. Então, o que a gente está aqui discutindo na reunião são prioridades brasileiras da presidência brasileira, mas compartilhadas por os outros países, ou seja, a luta com as desigualdades, a água e o saneamento, e também a cooperação triangular. Então, a Espanha é um parceiro muito forte nessas prioridades brasileiras fechadas aqui no dia G20.
Por exemplo, a gente já trabalhou na segurança alimentar, a gente presidiu o Comitete de Segurança Alimentar a nível internacional, a gente também tem um fonte de cooperação para a água e o saneamento, que trabalha com desigualdades. Oito países da América Latina e que permitiu que já mais de 760 mil casas beneficiam de água potável. E também eu quero falar da experiência espanhola na cooperação triangular, dados os nossos laços linguísticos históricos com a América Latina e a gente também faz muito trabalho com o Brasil ao longo dos anos na cooperação triangular.
Miguel, como as políticas públicas do G20 estão alinhadas com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU no que diz respeito à redução de pobreza a assistentes moradores de rua?
Um exemplo do alinhamento das políticas do G20 como subjetivos de desenvolvimento sustentável é a Aliança Contra a Fome e a Pobreza, que a gente acordou na reunião de Teresina na semana passada. É uma aliança que é um produto da presidência brasileira, está muito ligado com o presidente Lula e a sua luta contra a fome e que a Espanha aqui apoia e compartilha.
E no contexto da guerra na Ucrânia e da pandemia, como essa triple crise alimentar, financeira e energética, essa crise desferirá um duro golpe nos subjetivos de desenvolvimento sustentável um é de erradicação da pobreza e dois, fome cero e é por isso que esta Aliança Contra a Fome e a Pobreza vai ser lançada em novembro. Na ciúme de líderes.
É uma aliança que tem três pilares. Um pilar que é de conhecimento, onde os países e organizações também, bancos, trocam diálogo, experiências, conhecimentos. Depois, um segundo pilar que é de políticas, onde os países adotam políticas contra fome e pobreza. E também um terceiro pilar que é um pilar financeiro, onde tem fundos globais, regionais, públicos e privados para finançar essas políticas da aliança contra a fome e a pobreza.
Só mais uma pergunta, Miguel. Existem exemplos de políticas bem sucedidas de países do G20 que foram eficazes nas tensas moraduras de rua e que poderiam ser replicadas em outros países? O que é que você diz?
Eu posso falar da experiência espanhola na implementação de políticas contra a pobreza e também para lutar contra a situação de rua de muitas pessoas. Por exemplo, a Espanha é o principal contribuinte da iniciativa muito recente do Acelerador Global para o emprego e a proteção social para as transições justas. Então, é uma aliança que trata de criar emprego, por exemplo, no domínio rural, com a população jovem, juvenil, e também que trata de facilitar promoção, por exemplo, de programas de proteção social, porque muitos países em desenvolvimento têm uma economia informal muito grande, e se trata de reduzir as desigualdades.
É isso que a Espanha faz. Principal contribuinte dessa iniciativa, quanto à forma de implementação, por exemplo, a Espanha é um país que implementa as políticas de forma regional, nós promovemos assim a localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou seja, que as regiões e os órgãos de poder local sejam também envolvidos como cumprimento da Agenda 2030, porque entendemos que os órgãos de poder locais, regionais estão muito mais próximos das regiões e das realidades e problemas dos cidadãos.
E finalmente nós também esperamos com expectativa a quarta conferência internacional sobre o financiamento do desenvolvimento que vai ter lugar na Espanha no ano que vem, 2025, e que pode ser uma oportunidade de crítica para formatar a Laguna de Recursos. Necessário para lutar contra as desigualdades até 2030.
A Rede Ancora News agradece a delegação da Espanha, em especial ao doutor Miguel Martinez.
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