A Prefeitura de Alagoinhas está estudando medidas para regulamentar o serviço de carga, descarga e movimentação de cargas perigosas na cidade. O tema foi discutido nesta quarta-feira, 24, em audiência pública na Câmara Municipal. O debate envolveu autoridades, representantes do setor comercial e a população na busca de soluções para garantir mais segurança e mobilidade urbana, sem comprometer o desenvolvimento econômico.
Representando o município, o superintendente de Trânsito de Alagoinhas, Pedro Sobral, destacou medidas que têm dado bom resultado em outras cidades, a exemplo da regulamentação de horários específicos para carga e descarga — priorizando períodos de menor fluxo, como a madrugada — e da criação de áreas devidamente sinalizadas e recuadas para esse tipo de operação.
“Também estamos estudando a adoção de restrições por porte de veículo, como forma de priorizar o uso de Veículos Urbanos de Carga (VUCs) nas regiões centrais e incentivar práticas de logística urbana mais eficientes, como a entrega programada e o uso de tecnologias para rastreamento de frotas. Nosso objetivo é reduzir os congestionamentos, aumentar a segurança viária e melhorar a mobilidade urbana em Alagoinhas. Com organização e responsabilidade, é possível garantir o abastecimento do comércio sem comprometer a circulação de toda a cidade”, afirmou Sobral.
“As operações de carga e descarga são fundamentais para o abastecimento da nossa cidade, especialmente nas áreas comerciais e residenciais. No entanto, quando feitas de forma desordenada, em locais e horários inadequados, elas acabam se tornando uma das principais causas dos congestionamentos que enfrentamos diariamente”, acrescentou o superintendente da SMT.
Segundo Sobral, situações como caminhões estacionados em fila dupla, bloqueando parcialmente as vias, ou ocupando faixas de rolamento sem qualquer demarcação, são recorrentes. “Nos horários de pico, esse comportamento compromete seriamente a fluidez do trânsito, eleva o tempo de deslocamento da população e aumenta o risco de acidentes, especialmente para pedestres e ciclistas”, destacou.
O gestor da Superintendência Municipal de Trânsito ressalta ainda a importância da participação popular nas discussões. “Antes da regulamentação das medidas, por meio de portaria da SMT, é importante que as soluções sejam amplamente discutidas com a sociedade, e esta audiência pública é um momento importante de diálogo com as cidadãs e cidadãos de Alagoinhas”, concluiu Pedro Sobral.
Proposta pela vereadora Juci Cardoso, a audiência contou com a palestra de Suraia Lago, gerente de Planejamento e Projetos da Transalvador, e abriu espaço para que a comunidade pudesse apresentar manifestações, sugestões e contribuições. “Este evento foi apontado em uma reunião que tivemos com representações da sociedade civil organizada, das instituições, e nós, enquanto poder público, não podemos continuar nos furtando de definir uma norma que garanta mobilidade e segurança para toda a população”, afirmou a parlamentar.
O secretário municipal de Mobilidade e Ordem Pública, Hilton Ribeiro, também participou do evento. “O serviço de carga e descarga interfere diretamente na mobilidade das pessoas, portanto, estamos aqui para contribuir com o debate. Precisamos incentivar o crescimento econômico sem abrir mão de uma cidade organizada em que as pessoas possam transitar com segurança”, disse.
Mín. 23° Máx. 24°
