Com o tema ‘Museus e mudanças climáticas’, o Palácio Museu Olímpio Campos (PMOC) realizou, nesta sexta-feira, 26, a 19ª edição da Primavera dos Museus, em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibraim). O evento de cunho nacional promoveu debates sobre as mudanças do clima e contou com a participação de educadores ambientais, estudantes de escolas estaduais e público em geral. O objetivo foi sensibilizar, educar e reforçar a importância de práticas sustentáveis à população.
A programação teve início com a abertura oficial, seguida por uma roda de conversa conduzida por educadores ambientais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac). Durante o diálogo, foram discutidos os impactos das mudanças climáticas na vida cotidiana, o papel da sociedade diante desse cenário e a importância de atitudes coletivas para mitigar os efeitos ambientais. Na oportunidade, os participantes conheceram a unidade itinerante da Semac, com o objetivo de levar conscientização sobre as ações ambientais.
O coordenador do Palácio-Museu Olímpio Campos, Romário Portugal, ressaltou que a escolha do tema deste ano dialoga diretamente com a função social dos museus. Segundo ele, essas instituições não são apenas guardiãs da memória, mas também espaços de reflexão sobre os desafios contemporâneos. “Os museus, além de preservarem o patrimônio histórico e cultural, têm a função social de provocar a sociedade a refletir sobre temas que impactam a vida cotidiana. Com o evento, nosso objetivo foi conscientizar, especialmente os jovens sobre o aquecimento global e a preservação ambiental. Essa parceria com a Semac fortalece esse diálogo e traz para os estudantes um debate que ultrapassa os muros da escola e se conecta com o futuro do planeta”, explicou.
A secretária interina da Semac, Lara Lima Alves, ressaltou o papel da juventude no processo de transformação e a importância de unir patrimônio histórico e preservação ambiental. “Estamos muito felizes em participar deste momento importante, trazendo os jovens para dialogar em um espaço que carrega tantas memórias. O tema das mudanças climáticas é urgente e precisa do engajamento de todos, desde os mais novos até os adultos. Sergipe já iniciou a elaboração do plano de ações climáticas e eventos como este fortalecem ainda mais a consciência para um futuro sustentável”, destacou.
Conscientização
Para o professor de filosofia Wielder Celestino, do Colégio Estadual Jackson de Figueiredo, a atividade contribui para a formação cidadã dos estudantes. “Esse debate é um enriquecimento pedagógico, pois envolve qualidade de vida, sustentabilidade e o futuro das cidades. Sair da sala de aula e vivenciar a experiência no museu motiva os alunos e dá significado ao aprendizado. É um momento de troca, em que eles percebem que fazem parte de uma comunidade mais ampla que a escolar”, afirmou.
Os estudantes também compartilharam suas impressões. Para Maria Eduarda Pereira, de 18 anos, do 3º ano do Colégio Estadual Jackson de Figueiredo, a atividade amplia o repertório e aproxima os jovens da história local. “É a primeira vez que venho ao Palácio Museu Olímpio Campos e acho muito importante esse contato. A gente aprende fora da sala de aula e ainda discute temas que podem até servir como repertório para o Enem, como as mudanças climáticas”, pontuou.
Já a colega Samiria da Silva, também de 18 anos, destacou a relevância de discutir o futuro do planeta a partir de espaços culturais. “Apesar de ser de Aracaju, nunca tinha visitado o museu. Essa experiência é fundamental porque nossa geração vai precisar cada vez mais desse conhecimento para lidar com as questões climáticas. É importante tanto para ajudar o planeta quanto a sociedade”, considerou.
O evento foi finalizado com a entrega de mudas na Praça Fausto Cardoso, em frente ao museu, em um gesto simbólico de incentivo ao cuidado com o meio ambiente e de reforço à preservação do espaço urbano.
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